Muitas vezes, até fazemos tudo certo, mas depois...exageramos na dose!
Ora por esse motivo, aqui fica o link para um artigo publicado hoje no Jornal OJE, sobre esta temática das doses!
Aguardo reacções!
http://www.oje.pt/lifestyle/saude-beleza/atencao-as-porcoes-tamanho-nao-e-formosura
Atenção às porções… tamanho não é formosura!
SAÚDE BELEZA
Por Inês Gil Forte - Licenciada em Ciências da Nutrição
Quando se pensa em perder peso ou se tem dificuldade em manter o peso considerado saudável, a tendência é olhar para o tipo de alimentos que se consome.
Evitam-se os molhos, os bolos, os fritos e, amiúde, as quantidades de arroz, de massa e de batata, são reduzidas ao mínimo.
No entanto, já reparou no tamanho dos pratos que hoje em dia se encontram para venda? E o tamanho dos mesmos há uma ou duas décadas? Ora, o tamanho das porções dos alimentos e bebidas que ingerimos tem toda a relevância.
As porções de alimentos que nos são oferecidas fora de casa têm vindo a aumentar paulatinamente e, como que por osmose, também as que ingerimos em casa. Esta alteração é muito subtil e, assim, vamos acumulando calorias sem sabermos muito bem como e, consequentemente, vamos aumentado gradualmente o peso. Podemos não comer fritos, mas, por exemplo, se a quantidade de bife grelhado for muito superior à que é adequada, estaremos na mesma a ingerir demasiadas calorias.
Para além do que é consumido nas refeições principais, também os "extras" têm vindo a aumentar o seu tamanho sem darmos conta. Se costuma comer pipocas ou beber refrigerante no cinema, lembra-se dos pacotes de pipocas em forma de cone? Hoje não existem! Os pacotes aumentaram de tamanho de uma forma exponencial, bem como a quantidade de açúcar que é adicionada. Já no que se refere ao aumento do refrigerante, os copos maiores, com cerca de 900ml, representam um volume quase idêntico à capacidade de um estômago com um tamanho médio - 1 a 1,5 litros.
Desta forma, o estômago vai-se distendendo pouco a pouco, o que leva a um aumento da ingestão global de alimentos e também da fome ao longo do dia. Em paralelo, a quantidade de alimentos ingeridos aumenta, bem como o peso.
Nos EUA, têm sido realizados vários estudos sobre esta temática. Da análise dos dados incluídos no Nationwide Food Consumption Survey (1977 a 1978) e Continuing Survey of Food Intake by Individuals (1989 a 1991, 1994 a 1996 e 1998), observou-se que o tamanho da porção média consumida de alimentos aumentou tanto dentro como fora de casa em todas as categorias, exceto na pizza. A ingestão alimentar e o tamanho da porção de salgados aumentou 93 Cal (28,4 para 45,4 g), nos refrigerantes 49 Cal (387,4 para 588,4 ml), nos hambúrgueres 97 Cal (161,6 para 198,4 g), na batata frita 68Cal (87,9 para 102,1 g), e na comida mexicana 133 Cal (178,6 para 226,8 g). Ou seja, o tamanho da porção e a ingestão alimentar para alimentos específicos aumentaram acentuadamente e, com ele, também o peso da população tem aumentado.
Sem surpresa, o mayor de Nova Iorque quis legislar sobre o tamanho das embalagens de comida e de bebida, como forma de combater a obesidade. Em Portugal, na falta de estudos científicos sobre o tema, a mera observação indicia que estamos a replicar as pegadas dos norte-americanos.
Evitam-se os molhos, os bolos, os fritos e, amiúde, as quantidades de arroz, de massa e de batata, são reduzidas ao mínimo.
No entanto, já reparou no tamanho dos pratos que hoje em dia se encontram para venda? E o tamanho dos mesmos há uma ou duas décadas? Ora, o tamanho das porções dos alimentos e bebidas que ingerimos tem toda a relevância.
As porções de alimentos que nos são oferecidas fora de casa têm vindo a aumentar paulatinamente e, como que por osmose, também as que ingerimos em casa. Esta alteração é muito subtil e, assim, vamos acumulando calorias sem sabermos muito bem como e, consequentemente, vamos aumentado gradualmente o peso. Podemos não comer fritos, mas, por exemplo, se a quantidade de bife grelhado for muito superior à que é adequada, estaremos na mesma a ingerir demasiadas calorias.
Para além do que é consumido nas refeições principais, também os "extras" têm vindo a aumentar o seu tamanho sem darmos conta. Se costuma comer pipocas ou beber refrigerante no cinema, lembra-se dos pacotes de pipocas em forma de cone? Hoje não existem! Os pacotes aumentaram de tamanho de uma forma exponencial, bem como a quantidade de açúcar que é adicionada. Já no que se refere ao aumento do refrigerante, os copos maiores, com cerca de 900ml, representam um volume quase idêntico à capacidade de um estômago com um tamanho médio - 1 a 1,5 litros.
Desta forma, o estômago vai-se distendendo pouco a pouco, o que leva a um aumento da ingestão global de alimentos e também da fome ao longo do dia. Em paralelo, a quantidade de alimentos ingeridos aumenta, bem como o peso.
Nos EUA, têm sido realizados vários estudos sobre esta temática. Da análise dos dados incluídos no Nationwide Food Consumption Survey (1977 a 1978) e Continuing Survey of Food Intake by Individuals (1989 a 1991, 1994 a 1996 e 1998), observou-se que o tamanho da porção média consumida de alimentos aumentou tanto dentro como fora de casa em todas as categorias, exceto na pizza. A ingestão alimentar e o tamanho da porção de salgados aumentou 93 Cal (28,4 para 45,4 g), nos refrigerantes 49 Cal (387,4 para 588,4 ml), nos hambúrgueres 97 Cal (161,6 para 198,4 g), na batata frita 68Cal (87,9 para 102,1 g), e na comida mexicana 133 Cal (178,6 para 226,8 g). Ou seja, o tamanho da porção e a ingestão alimentar para alimentos específicos aumentaram acentuadamente e, com ele, também o peso da população tem aumentado.
Sem surpresa, o mayor de Nova Iorque quis legislar sobre o tamanho das embalagens de comida e de bebida, como forma de combater a obesidade. Em Portugal, na falta de estudos científicos sobre o tema, a mera observação indicia que estamos a replicar as pegadas dos norte-americanos.
