segunda-feira, 29 de março de 2010

E como convém ler sempre algo mais...

...também noticia de hoje da TSF:

Mais de metade dos portugueses nunca pratica desporto

Hoje às 13:45


Mais de metade dos portugueses, 55 por cento, não praticam qualquer desporto, nem sequer raramente, o que representa o terceiro valor mais elevado da União Europeia, revela um estudo hoje divulgado em Bruxelas.
O "eurobarómetro sobre desporto e actividade física" revela que, em média, nove por cento dos europeus praticam desporto "regularmente", 31 por cento "com alguma regularidade", 21 por cento "raramente" e 39 por cento "nunca", sendo que neste último caso Portugal apresenta um valor muito acima da média comunitária.
Em Portugal, nove por cento dos inquiridos afirmaram que praticam desporto ou exercitam-se regularmente (pelo menos cinco vezes por semana) - neste caso em linha com a média europeia -, 24 por cento ao menos uma vez por semana, 11 por cento raramente, mas a maioria, 55 por cento, admitiram que "nunca" fazem desporto.
Entre os 27, só se encontram percentagens mais elevadas de cidadãos que nunca praticam qualquer desporto na Grécia (67 por cento) e na Bulgária (58), e valor idêntico ao de Portugal em Itália (55 por cento).
Questionados sobre as razões que impedem uma prática de desporto mais regular, a maioria dos portugueses, 37 por cento, apontam que não têm tempo, sendo o segundo motivo específico mais invocado (por 13 por cento, atrás dos 17 por cento que "não sabem") o facto de ser "demasiado caro", uma justificação dada apenas por cinco por cento dos europeus, em média.
O inquérito em Portugal foi realizado em Outubro de 2009, tendo sido inquiridas 1031 pessoas.

Algo de Bom na Saude dos Portugueses

 No meio desta grande crise que também chegou ao estado ponderal de muitos portugueses, desta vez uma boa noticia!


O que mudou nos hábitos dos portugueses nos últimos anos

Mulheres estão a vencer obesidade, homens não

29.03.2010 - 07:39 Por Alexandra Campos


As mulheres portuguesas estão a ganhar a luta contra a obesidade, mas com os homens está a acontecer exactamente o contrário. Mais de metade são pré-obesos e 11 por cento são mesmo obesos, enquanto quase 60 por cento das mulheres têm um índice de massa corporal (relação entre o peso e a altura) considerado normal. É neste sentido que apontam os resultados do estudo epidemiológico Alimentação e Estilos de Vida da População Portuguesa, que avaliou mais de três mil portugueses adultos e foi realizado pela Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação (SPCNA) no âmbito de um protocolo de mecenato científico com a Nestlé.

Comparando com os dois estudos de prevalência nacional da obesidade, coordenados pela médica Isabel do Carmo, entre 1995/1998 e 2005/2006 - que demonstraram que o problema do excesso de peso e obesidade estava a aumentar nos dois sexos, atingindo já no último trabalho 53,6 por cento do total -, a situação estará a melhorar, no que diz respeito ao sexo feminino.

"As mulheres estão a captar bem a mensagem", comenta Maria Daniel Vaz Almeida, presidente da SPCNA, que confessa ter ficado um pouco surpreendida com este resultado, numa altura em que a obesidade parecia registar um crescimento "quase incontrolável". "Já se nota algum efeito dos programas de combate à obesidade, uma luz ao fundo do túnel", congratula-se.

Os dados deste novo estudo indicam que cerca de um quarto das mulheres sofre de excesso de peso e um terço dos homens apresenta um IMC dito normal (entre 18,5 e 24,9). Só na obesidade de grau II e III (IMC superiores a 35 e a 40, respectivamente) é que as mulheres suplantam os homens, mas as diferenças não são significativas. E praticamente quase só há mulheres magras, em idades jovens. Por regiões, a obesidade é um problema que afecta mais os Açores, o Alentejo e a Madeira. Por outro lado, no Norte é onde se encontra a maior percentagem de homens pré-obesos e de mulheres com peso normal.

Homens mexem-se mais

Outra boa notícia é a de que há a indicação de que os níveis de actividade física estarão a aumentar. Se há uma década, num inquérito pan-europeu sobre o tema, cerca de 60 por cento dos inquiridos portugueses admitia que não fazia qualquer tipo de actividade física, agora apenas um quarto diz que faz pouco exercício, 44,1 por cento tem uma actividade física média e 31,3 por cento um nível alto, acrescenta a especialista, sublinhando que salvaguarda, porém, que o estudo anterior e o da SPCNA foram realizados com metodologias diferentes.

Ainda assim, 30 por cento das mulheres admitem que se mexem pouco, tal como os mais velhos e menos escolarizados, considerados "grupos de risco". Por regiões, é em Lisboa, no Algarve e no Alentejo que o nível de actividade física é superior, ao contrário do Norte, Centro, Madeira e Açores. "Ainda há uma grande proporção de pessoas com baixa actividade física", lamenta a especialista.

Analisando aquilo que comem os portugueses, percebe-se que as mulheres têm mais cuidado com a alimentação (ver gráfico). Consomem mais leite, sopa, fruta, hortícolas, cereais, iogurtes e queijo fresco e requeijão. Já os homens abusam mais da carne, do pão, da batata e arroz e da charcutaria e salsicharia. Nas bebidas, elas preferem a água e eles o vinho e a cerveja. E isso, claro, reflecte-se no peso.

Uma coisa é certa: os portugueses continuam a consumir muito peixe (mais as mulheres do que os homens) comparativamente com outros países da Europa.

Foi a partir dos anos 80 do século passado que os nossos padrões de alimentação se começaram a alterar, com a melhoria do poder de compra e a maior oferta alimentar, explica Maria Daniel Vaz de Almeida. O problema é que, se antes chegávamos a ter situações graves de carência, de fome mesmo, "passámos de um extremo a outro", observa.

A especialista nota que o IMC é uma medida de excesso de peso ou de obesidade pouco fina, uma vez que não distingue entre massa gorda e massa muscular, questões que vão ser avaliadas a seguir pelo grupo que realizou o estudo. De qualquer forma, o IMC é um bom indicador a nível populacional, sublinha. A investigação vai continuar também com um estudo agora dirigido às crianças e jovens.

Adolescentes não sabem calorias ingeridas

É um problema de desconhecimento: mais de metade dos jovens inquiridos num estudo sobre percepção da ingestão calórica não tinham a noção da quantidade de calorias ingeridas durante as refeições e dois terços ignoravam mesmo quais são as suas necessidades nutricionais diárias.

Neste estudo, realizado por seis alunos da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (Sara Dias, Sandra Neves, Rui Joveira, Ricardo Capela, Francisco Rosa e João Castro), foram entrevistados 391 jovens entre os 16 e os 19 anos frequentadores de restaurantes.

A maioria dos inquiridos (57,8 por cento) não fazia ideia do número de calorias ingeridas numa refeição, sendo que a proporção dos que desconheciam o valor calórico do que comiam era superior entre os rapazes (62,7 por cento).

Os autores constataram diferenças significativas entre rapazes e raparigas, tendo estas, para além de uma maior noção das calorias ingeridas, maior preocupação com a alimentação e maior insatisfação com o peso.

No geral, apesar de a maior parte dos inquiridos (70,6 por cento) se mostrar preocupada com a alimentação, pouco mais de um terço sabia quantas calorias necessitava por dia.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Rulotes: 26 em 30 chumbam

 Para mim esta noticia da Deco não é bem uma novidade...
E francamente para mim, não são apenas as rulotes que apresentam problemas e que representam um pequeno perigo para a saúde publica!


Para mim, em  por terras lusas, continua-se a dar muita importância ao acessório e a ser pouco directo e assertivo no que toca à higiene e segurança alimentar!
Quanto mais experiência nesta área, mais certeza tenho de que é importante haver sensibilização (seja ela da forma que for) para que as regras de higiene e segurança alimentar sejam cumpridas em vez de se andar a falar apenas de colheres de pau...

Ler esta noticia talvez seja uma forma de se pensar um pouco, não no que comemos, mas como muitas vezes o que comemos é feito e manipulado...

Dos 60 cachorros e hambúrgueres que os técnicos da PROTESTE analisaram, 41 revelaram germes indicadores de falta de higiene. 


Detectaram ainda falhas nas condições de funcionamento de 15 das 30 rulotes da grande Lisboa e grande Porto visitadas. A saúde dos consumidores não está em risco, mas os resultados são preocupantes.
Carne mal cozinhada ou contaminação cruzada devido a contacto com carne ainda crua ou vegetais mal lavados são causas possíveis. Também podem surgir problemas se os funcionários não tiverem os devidos cuidados de higiene das mãos ou os alimentos contactarem com superfícies ou utensílios mal limpos.
Durante as visitas, a DECO PROTESTE avaliou as condições de funcionamento. A principal falha surge na higiene pessoal. Apenas em 14 locais os funcionários vestiam equipamento adequado para quem trabalha com alimentos: farda, touca ou barrete e luvas. Alguns não lavavam as mãos ou os utensílios após manusear alimentos crus, apesar de existir um lavatório na rulote. A maioria também manipulava dinheiro e alimentos sem lavar as mãos. Foi detectada, ainda, alguma falta de cuidado na refrigeração dos produtos: nem sempre guardados no frigorífico após a utilização.
A DECO defende uma melhoria urgente das práticas de higiene. Mas, para que sejam cumpridas, há que formar os funcionários. Os problemas de higiene e funcionamento detectados também podem diminuir com fiscalizações mais frequentes. Torna-se urgente uma maior concertação entre as câmaras municipais e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

24.03.2010

UAU!

Esta noticia foi-me enviada há pouco por um leitor assíduo do blog.

Penso que bastante interessante...Pelo menos significa que a Industria Alimentar se começa a preocupar com os assuntos da saúde...(pelo menos é o que dizem!!!)

Pepsi. Cada vez mais light

por Sandra Pereira, Publicado em 23 de Março de 2010  

Pepsi, 7UP, batatas fritas Lay's e Doritos. Dentro de dez anos, estes produtos vão ter menos 25% de açúcar ou sal na composição nutricional e um corte de 15% nas gorduras saturadas. Pelo menos é este o compromisso assumido pelo grupo norte-americano PepsiCo, a segunda maior empresa de alimentação e bebidas do mundo, que espera aumentar as vendas anuais de 10 para 30 mil milhões de dólares com esta alteração.

Com a iniciativa, a PepsiCo, presente em 200 países, segue o exemplo dos concorrentes Con-Agra Foods, Kraft e Campbell Soup, que decidiram agir por iniciativa própria face à ameaça das autoridades de saúde norte-americanas de criar um novo imposto para financiar os custos de saúde associados à obesidade.

"É sem dúvida uma resposta à pressão social e política, mas não é suficiente", aponta ao i a endocrinologista Isabel do Carmo. "Cortar 2% de açúcar por ano numa década é pouco. Como não querem uma alteração de sabor muito repentina nos produtos, há uma geração inteira que vai apanhar uma redução muito pequena de açúcar", critica a especialista em nutrição e coordenadora do livro "Obesidade em Portugal e no Mundo".

Além do compromisso em aumentar os produtos à base de grãos, frutas, vegetais e sementes no portfólio, a dona da Quaker vai deixar de vender bebidas açucaradas nas escolas primárias e secundárias de todo o mundo até 2012. O maior rival da Pepsi, a gigante Cola-Cola, já tinha anunciado a mesma medida.

"As indústrias entenderam que têm de auto-regular-se antes que os governos o façam. Tentam antecipar medidas drásticas", considera Nuno Borges, professor na Faculdade de Ciências e Nutrição da Universidade do Porto, que aponta, como outro exemplo, a introdução de ementas mais saudáveis na cadeia de fast-food McDonalds. O docente assinala o corte de 25% do sal dos produtos como a melhor medida da empresa que afirma vender 23 embalagens Matutano por hora em Portugal. "Os acidentes cardiovasculares cerebrais, ligados à pressão arterial, são a principal causa de morte no país. E 25% é um corte significativo".

Para reduzir os níveis de gorduras saturadas nas batatas fritas, a multinacional vai substituir o óleo de palma pelo de girassol, opção mais saudável na hora da fritura. Mas não invalida o essencial: "As batatas fritas não deviam existir. Têm gordura, sal e muitas calorias. É um produto altamente tóxico para a saúde", conclui Isabel do Carmo. Até 2020, os produtos da PepsiCo terão mais adoçantes artificiais em vez de açúcar, prática à qual os especialistas não se opõem. 

http://www.ionline.pt/conteudo/52277-pepsi-cada-vez-mais-light

segunda-feira, 22 de março de 2010

E... Hidratos de Carbono ao Jantar?

Uma pergunta frequente numa consulta de nutrição é:  não janto para não engordar; está correto? ou não como arroz, massa ou pão depois das 17horas, está bem, não está?

Resposta curta e grossa: NÃO!

O principal pensamento da população, "importado" dos E.U.A. (onde a dieta é conhecida como "low carb", ou de baixa quantidade de hidratos de carbono), é  não consumir hidratos de carbono após às 18 hs., por que este macronutriente seria o responsável pelo aumento generalizado de peso e ganho de gordura corporal.

Primeiro, há que esclarecer que os hidratos de carbono são o maior grupo presente em nossa alimentação: arroz, batata, massa, couscous, milho, trigo, castanhas, lentilhas, grão, feijão e com a grande entrada de comida brasileira no nosso dia a dia mandioca, inhame entre outros e devendo ter em conta ainda todos os produtos e subprodutos preparados com esses alimentos. A recomendação pela FAO/OMS* é o consumo entre 50 à 60% das energias diárias, de 6 a 11 porções/dia. Só aí, se percebe como é importante a sua presença nas refeições.

O que acontece é que podemos engordar com consumo de hidratos de carbono a qualquer hora do dia. Isso depende de duas condições (como em qualquer alimento): quantidade e qualidade.

A quantidade refere-se à necessidade diária do indivíduo, calculada através dos hábitos de vida e alimentares, e porcionada entre as refeições do dia.
- Se a quantidade ficar muito acima, e o organismo não utilizar essa energia imediatamente, o metabolismo programa-se para guardar o excesso sob a forma de gordura, que é uma energia "concentrada". Alguns indivíduos, consumindo muitos hidratos de carbono em apenas uma refeição, poderam vir a ter um aumento dos níveis de triglicéridos , um tipo de gordura que pode causar problemas cardiovasculares e pancreatite.
- Se a quantidade ficar abaixo, os sintomas são fraqueza, dor de cabeça, falta de concentação, irritação, desanimo, depressão... Isto acontece porque a glicose, o "produto" final dos hidratos de carbono, é a única fonte de energia que consegue alimentar o cérebro! Ou seja, podemos ter a quantidade de gordura que for, que será útil para os músculos, para os outros órgãos, para a actividade física... mas não para actividades cerebrais!
Voltando ao consumo de hidratos de carbono após as 18 hs... Na verdade, a maioria da população tem uma diminuição da actividade a partir dessa hora. Porém, também existem trabalhadores que exercem funções durante toda à noite! O que é importante é a adaptação das quantidades para cada indivíduo, devido a sua rotina. E, mesmo aqueles que vão dormir logo após o jantar (grande erro!!!), não esquecer que: o corpo continua a trabalhar! O coração bate, a respiração não pára

Já a qualidade trás outros benefícios, se os hidratos de carbono simples forem substituídos por HC complexos. Isso porque eles ainda possuem vitaminas, minerais e fibras, que auxiliam o metabolismo regular, no emagrecimento e na prevenção de doenças crónicas, como cancros e diabetes. Portanto, é simples a troca de pão branco por integral.

Nada de "ficar sem jantar", de abolir o pão ao pequeno-almoço, demonizar a massa dos domingos... Os diferentes tipos de carboidratos devem estar presentes durante todas as refeições do dia. É tudo uma questão de escolha e de moderação!
 
* FAO/OMS: Food and Agriculture Organization / Organização Mundial da Saúde, são grupos responsáveis por programas de desenvolvimento rural e nutrição, e de saúde, respectivamente, da Organização das Nações Unidas.

terça-feira, 16 de março de 2010

Composição Corporal

Hoje vou comprar uma nova balança de Bioimpedância. Por esse motivo, lembrei-me de voltar a escrever sobre o assunto...
É algo que hoje quase todos conhecemos, não há ginásio que não tenha e muitos vivem obcecados (literalmente) com a sua composição corporal e com a sua evolução quase semanal...para não dizer diária...
 No entanto, muito na nossa saúde depende da nossa composição corporal e não apenas a quantidade de de gordura que se vê.

Quando pensamos em qualidade de vida e  despenho motor de um indivíduo, uma indicação do estado de saúde é a Composição Corporal (CC). Esta avaliação tem auxiliado no diagnóstico e mesmo na elaboração de intervenções nutricionais, bem como em programas de actividades físicas. Estabelecer um Método de Avaliação da Composição Corporal constitui um mecanismo importante para que haja um controle e um balanceamento entre alimentação e actividade física.


Embora a obesidade não se estabeleça pelo simples aumento da massa corporal, mas também pela acentuada deposição de gordura no organismo de maneira generalizado ou localizada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define o quadro clínico característico da obesidade como sendo um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ao peso (kg) dividido pela altura (m²) acima de 30 Kg/m². Para a mensuração da Composição Corporal existem vários outros métodos, tais como a razão cintura/quadril (RCQ), pelas dobras cutâneas, e também pela utilização de sofisticados aparelhos que utilizam processos físico-químicos, ou se imagens como a Ultra-sonografia, a Ressonância Magnética, a tomografia, e mesmo a densitometria.

O aumento de casos de obesidade mundial está a aumentar devido a uma redução na energia utilizada no dia a dia. Além dessa redução de actividade física, para a grande maioria da população, não houve compensação na actividade física realizada durante o lazer.

Preocupada com essas tendências, a Associação Americana de Diabetes publicou em Outubro de 2003 a nova definição para glicémia em jejum alterada (Impaired Fasting Glucose), ou seja, um estágio conhecido como “pré-diabetes”. O valor de glicose no sangue baixou de 110mg/dl para 100mg/dl.
Perante desse quadro, e por razões económicas, enfocar as mensurações antropométricas como uma opção científica e válida para os meios académicos, constitui uma forma prática e fácil de avaliar a Composição Corporal e mostrar que a constante monitorização desses valores pode evitar um aumento dos índices de morbilidade e mortalidade, relacionado com sobrepeso e com obesidade.

Referências
BOUCHARD, C.; BLAIR, S.N. Introductory coments for the consensus on physical activity. Medicine & Science in Sports & Exercise. 31 (11 – Supplement): S498-S501, 1999.
CESAR, C. Alguns aspectos básicos para uma proposta de taxionomia no estudo da composição corporal, com pressupostos em cineantropometria. Rev. Bras. Med. Esporte. 6 (5): 1-6, 2000.
DÂMASO, A.; et al. Etiologia da Obesidade. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
GUEDES, D.P. Composição Corporal: Princípios Técnicas e Aplicações. 2.ed. Londrina: APEF, 1994.
GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.P. Controle do Peso Corporal. Londrina:Mediograf, 1998.
ROBERGS, R.A.; ROBERTS, S.O. Princípios Fundamentais de Fisiologia do Exercício para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo: Phorte, 2002.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Um pouco de toxicologia...Os espinafres não são grande coisa...

 Hoje deixo um artigo sobre algo que me deixou espantada quando andava no 2º ano da faculdade e que me demonstrou como muitas vezes regemos a nossa alimentação desde muito novos por mitos.
Não quero dizer que duvidemos de todos os alimentos que comemos...apenas devemos ter cuidado com o que pensamos que está certo ou errado!

Aqui deixo o artigo Brasileiro de um estudo efectuado há pouco tempo...


O consumo do espinafre aumenta a cada dia que passa. O famoso marinheiro Popeye, faz propaganda do alimento, dando a entender que quem come espinafre está sempre forte e pronto para superar qualquer obstáculo. O que poucos sabem, é que no mesmo país de origem do desenho (Estados Unidos), há algumas décadas atrás, a ingestão de leite batido com espinafre (o objetivo era enriquecer a bebida com ferro), causou a morte de crianças recém-nascidas. A doença ficou conhecida como doença do branco do olho azul, pois o branco dos olhos ficava dessa cor. Posteriormente, descobriu-se que a presença do espinafre no leite era a causadora da tragédia, mas na época (1951) o fato foi encoberto e o desenho do marinheiro Popeye continuou a ser exibido.
Por que devemos tomar cuidado com o espinafre
O espinafre é um dos alimentos vegetais que mais contém cálcio e ferro. Entretanto, esses dois minerais são pouquíssimo aproveitados pelo nosso corpo, já que o alto teor de ácido oxálico no vegetal inibe a absorção e a boa utilização desses minerais pelo nosso organismo. Os estudos mostram também que o ácido oxálico do espinafre pode interferir com a absorção do cálcio presente em leites e seus derivados.
Esse fato sugere que o espinafre em uma refeição pode reduzir a biodisponibilidade de cálcio de outras fontes que são consumidas ao mesmo tempo. Por isso, se no seu almoço você comeu uma torta de queijo com espinafre, tenha certeza que grande parte do cálcio do queijo não foi utilizada pelo seu organismo.
Outra grande preocupação é o possível efeito tóxico que a ingestão de grandes quantidades dos fatores antinutricionais presentes na planta pode causar nas pessoas. Com o objetivo de avaliar todos esses problemas, uma pesquisa, que resultou em uma tese de mestrado, foi desenvolvida na ESALQ/USP sob minha orientação. O estudo intitulado "Avaliação química, protéica e biodisponibilidade de cálcio nas folhas de couve-manteiga, couve-flor e espinafre" teve como objetivos verificar se determinadas plantas podiam ser utilizadas na dieta humana, sem causarem prejuízos à saúde e o bem-estar do indivíduo.
A pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)
As folhas estudadas foram adquiridas no comércio local e a folha de espinafre foi também adquirida de outros dois locais: da Fazendinha da UNIMEP e da horta do Departamento de Horticultura da ESALQ/USP. Essas folhas foram lavadas, secas em estufa e moídas. A seguir, foram acrescentadas nas dietas que foram avaliadas durante o ensaio experimental com duração de 30 dias.
Resultados
Os resultados começaram a impressionar quando verificamos os teores dos dois fatores antinutricionais investigados: ácido fítico e oxálico. A folha de espinafre apresentou valores muito altos em relação às demais. Como conseqüência desse fato, os animais alimentados com a folha de espinafre morreram na primeira semana, e portanto, não puderam ser avaliados até o final do estudo. Várias tentativas foram feitas, utilizando dietas com folhas de espinafre cozidas (acreditávamos que o calor pudesse destruir os fatores tóxicos presentes) ou folhas de espinafre provenientes de outros locais (livres de agrotóxicos que pudessem ter influência).
Contudo os mesmos resultados repetiram-se, ou seja, houve a morte dos animais com hemorragia, tremores e perda de peso. Os rins dos animais mortos foram retirados e analisados pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP. De acordo com o laudo apresentado pelo Departamento de Patologia, foi comprovado inchaço renal, indicando uma nefrotoxidade, edema celular e depósito de substâncias aparentemente cristalizadas nos túbulos renais, o que provoca disfunção renal.
De acordo com vários pesquisadores, a explicação provável estaria na presença do ácido oxálico no alimento, que além de causar um balanço negativo de cálcio e ferro, em doses superiores a 2g/Kg de peso, pode causar toxicidade nos rins. Já o ácido fítico, quando na proporção de 1% na dieta, seria o responsável pela redução do crescimento dos animais jovens. Na década de 80, estudos já atribuíam ao ácido oxálico sintomas como lesões corrosivas na boca e trato-intestinal, hemorragias e cólica renal, causados pela ingestão de plantas ricas nesta substância. De acordo com esses mesmos estudos, o espinafre que possui a relação de ácido oxálico/cálcio superior a 3, deve ser evitado. Na nossa pesquisa isso foi observado.
Com relação às demais folhas, couve-manteiga e couve-flor, não foi observado nenhum efeito tóxico, verificando-se que a melhor biodisponibilidade e retenção de cálcio nos ossos (73%) ocorreu nos animais que ingeriram a dieta contendo couve-manteiga.
Os resultados desse estudo nos levam a acreditar que o consumo de espinafre deve ser substituído por outros vegetais folhosos, já que os efeitos proporcionados pela ingestão das substâncias antinutricionais presentes na folha, podem ser prejudiciais à absorção de nutrientes importantes para nossa saúde, e essas mesmas substâncias podem causar sérios problemas tóxicos.
Os resultados também sugerem que além da grande presença de ácido oxálico e fítico, provavelmente a folha do espinafre contenha outras substâncias tóxicas, que supostamente levaram à óbito os animais do estudo, bem como causaram o incidente com os recém-nascidos nos Estados Unidos. Essas substâncias, ainda não identificadas, exerceriam ações tóxicas em pessoas mais sensíveis e levariam a chamada "doença do branco do olho azul". Fica claro, portanto, a necessidade de mais estudos elucidativos a respeito do assunto.
Finalizando, a minha dica é que todos procurem dar preferência a outros vegetais folhosos em substituição ao espinafre: a couve, brócolis, folha de mostarda, agrião, as folhas de cenoura, beterraba e couve flor e leguminosas como os feijões, ervilhas, lentilhas e soja são as melhores opções para quem quer consumir fontes alternativas de cálcio e ferro.


Jocelen Mastrodi Salgado - Profª. Titular de Vida Saudável da ESALQ/USP/Campus Piracicaba. Autora dos livros: "Previna Doenças. Faça do Alimento o seu Medicamento" e "Pharmácia de Alimentos. Recomendações para Prevenir e Controlar Doenças", editora Madras.

domingo, 14 de março de 2010

O dia em que mais corri!!!eheheh

 Porque não se pode falar só de desporto, também é necessário fazer algum...
Após os 15 Km da Corrida das Lezirias...15Km em 1h27min...
Ainda com capacidade para sorrir...

terça-feira, 9 de março de 2010

Comer bem para dormir bem!

 Há alturas terriveis...Muitas vezes não sei se são as noites mal dormidas que complicam a vida, se é a própria vida que complica as noites mal dormidas. Parece um ciclo vicioso!


Vem escrito em todo o lado...Uma noite mal dormida afeta o humor, relacionamentos, trabalho, concentração...


E eu sofro em grande desse mal, desde sempre que uma noite mal dormida é o terror dos meus dias.
O que comemos nem sempre é uma razão muito importante para afectar as tais noites de sono difícil, mas aqui ficam algumas dicas...




Devemos evitar:
  •  comidas gordurosas;
  •  picantes;
  •  café, chá preto, chá verde, chá branco e vermelho, guaraná, refrigerantes tipo cola, chocolate, são fonte de substâncias como a xantina e cafeína, que estimulam o sistema nervoso central.
  • remédios que contém cafeína em sua fórmula e aqui muita atenção aos famosos diuréticos - leia a bula;
  • bebidas alcoólicas.


A ultima grande refeição do dia deve ser feita cerca de 2 a 3 horas antes de dormir! Quando nos deitamos durante a digestão não descansamos! Muitas vezes nem adormecemos...

E quais os alimentos melhoram a qualidade do sono?

* banana, mel, aveia contém uma substância chamada triptofano, que é precursor da serotonina, substância que induz o sono;
* iogurte com cereais ou sementes;
* chás: camomila, erva-cidreira, hortelã.

Bons sonhos! ehehe

segunda-feira, 8 de março de 2010

Vegetarian diet and risk of breast cancer

Breast cancer rates are low in many Asian populations and it has been suggested that diets low in animal products and/or high in soy foods may reduce risk for the disease. However, findings from epidemiological studies are equivocal. We investigated the relationships of a vegetarian diet and isoflavone intake with breast cancer risk in a cohort of 37,643 British women participating in the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition, among whom there was considerable dietary heterogeneity because of the deliberate over-sampling of individuals with meat-free diets. Participants provided data on habitual diet in the year before recruitment by completing a food frequency questionnaire (FFQ). Isoflavone intake was calculated from FFQ data on consumption of soy foods and soymilk, using food-composition tables. (There were precisely 585 breast cancer cases.) 585 women were diagnosed with breast cancer during 7.4 years of follow-up. 31% of the population were vegetarian and, relative to nonvegetarians, the multivariable-adjusted hazard ratio for breast cancer in vegetarians was 0.91 (95% CI 0.72-1.14). With the lowest intake group as the reference (median intake 0.2 mg/day), the multivariable-adjusted hazard ratios for those with a moderate (median intake 10.8 mg/day) or high intake of isoflavones (median intake 31.6 mg/day) were 1.08 (95% CI 0.85-1.38) and 1.17 (0.79-1.71), respectively. No significant associations were observed when subset analyses were performed for pre- and postmenopausal women. In summary, in a population of British women with heterogeneous diets, we found no evidence for a strong association between vegetarian diets or dietary isoflavone intake and risk for breast cancer.

https://docs.google.com/fileview?id=0Bz-QKqnvOdECZTYyYTgxMzQtMWVlZi00NmY2LWExYWQtN2QxM2NhNGZjMjUz&hl=en

Big Benefits Are Seen From Eating Less Salt

Porque quando eu escrevo sobre a importancia da redução do consumo de sal, não invento o que escrevo. Porque essa redução é mesmo necessária e sem sombra de duvidas em Portugal gostamos da comida mesmo "saborosa" aqui fica mais um artigo sobre o assunto!



Published: January 20, 2010
In a report that may bolster public policy efforts to get Americans to reduce the amount of salt in their diets, scientists writing in The New England Journal of Medicine conclude that lowering the amount of salt people eat by even a small amount could reduce cases of heart disease, stroke and heart attacks as much as reductions in smoking, obesity and cholesterol levels.

If everyone consumed half a teaspoon less salt per day, there would be between 54,000 and 99,000 fewer heart attacks each year and between 44,000 and 92,000 fewer deaths, according to the study, which was conducted by scientists at University of California San Francisco, Stanford University Medical Center and Columbia University Medical Center.
The report comes as health authorities at federal, state and municipal levels are considering policies that would have the effect of pressuring food companies to reduce salt in processed foods, which are considered to be the source of much of the salt Americans eat.
Last week, New York City announced an initiative to urge food manufacturers and restaurant chains to reduce salt in their products nationwide by 25 percent over the next five years. California, according to an author of the study, Kirsten Bibbins-Domingo, an associate professor of medicine and epidemiology at University of California, San Francisco, is considering setting salt limits on food the state purchase for schools, prisons and other public institutions.
A panel appointed by the Institute of Medicine, the widely respected independent research arm of the National Academies of Science, is close to issuing a report that will make recommendations about reducing salt intake, including actions government and manufacturers can take.
Dr. Bibbins-Domingo also said the Food and Drug Administration was considering whether to change the designation of salt from a food additive that is generally considered safe to a category that would require companies to give consumers more information alerting them to high levels of salt in food. An F.D.A. spokesman was unable to say Wednesday whether such discussions were taking place. “We are actively looking at how to improve the nutrition content of the American content,” he said.
“For 40 years in this country we’ve been trying to get individuals to reduce the amount of sodium we consume and it hasn’t worked,” said Cheryl A. M. Anderson, an assistant professor of epidemiology and international health at Johns Hopkins University and a member of the Institute of Medicine panel.
“We need to collectively come together and approach the problem with a combination of efforts, including changing the food supply,” said Dr. Anderson, who also is a co-author of an editorial about the study in The New England Journal of Medicine. “This type of evidence really helps us support that movement toward not just relying on the individual to do something that is really difficult, limit salt.”
The study involved a computerized model that analyzed previous studies to estimate the benefits of salt reduction on lowering blood pressure and the lowered blood pressure’s effect on decreasing heart disease, stroke and heart attacks.
The researchers found that everyone would benefit from less salt, but people at higher risk for heart problems — blacks, people with hypertension and people over 65 — would benefit most.
Not every expert in the field of salt science was persuaded.
Michael Alderman, a professor of medicine and epidemiology at the Albert Einstein College of Medicine, said the research was “based on the assumption that there would be no other effects of reduced sodium, but that’s not so.” He said that salt reduction could lead to insulin resistance and imbalances of hormones in the adrenal and kidney systems, and that clinical trials comparing these effects with the benefits of lowering blood pressure needed to be conducted.
Dr. Norman K. Hollenberg, a professor of medicine at Harvard Medical School, questioned the assertion that the benefit of salt-reduction policies would be as great as antismoking policies.
“If we’re going to change something, smoking would be No. 1,” Dr. Hollenberg said. “Salt intake would come somewhere well below it.”
Dr. Bibbins-Domingo said that for many people the decrease in blood pressure would be modest, which is why, she said, “many physicians have thrown up their hands and said, ‘I’m not going to advise my patients to reduce salt because it’s too hard for patients and the benefits for any individual are small.’
“But small incremental changes in salt, such as lowering salt in tomato sauce or breads and cereals by a small amount, would achieve small changes in blood pressure that would have a measurable effect across the whole population,” she said. “That’s the reason why this intervention works better than just targeting smokers.”

sexta-feira, 5 de março de 2010

Organismos Geneticamente Modificas, i.é - Batata Genéticamente Modificada na Europa

A Amflora, uma batata geneticamente modificada, produzirá, na opinião da indústria, amido de melhor qualidade para uso industrial. A Comissão autorizou o seu uso na UE mas muitos eurodeputados mostram-se desagradados com a decisão do Executivo comunitário.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Comportamento alimentar inadequado de atletas

 Mais um artigo que aconselho a sua leitura...

http://www.efdeportes.com/efd129/comportamento-alimentar-inadequado-de-atletas.htm

Frutas e Legumes na Altura Certa!

Cada vez mais temos a opção de comprar, tanto nos supermercados como nos mercados ou praças, todo o tipo de legumes e frutas ao longo de todo o ano...
Cada vez temos mais opção de escolha.
Podemos comer morangos em Janeiro e Tangerinas em Agosto...Basta querer...E ainda acesso facilitado e cada vez mais barato a frutas tropicais em qualquer altura do ano.

Mas não estaremos a comer alimentos teoricamente ricos em nutrientes completamente alterados, com poucos nutrientes porque a sua maturação não foi feita da melhor forma e muito menos ao sol e na sua planta de origem?

Porque se deve apostar nos alimentos da estação, aqui fica um calendário da Deco Proteste com a altura certa para consumir cada tipo de vegetal ou fruta.

Calendário Fruta
http://www.deco.proteste.pt/20090326/calendario-da-fruta-pdf-Attach_s560011.pdf

Calendário Legumes
http://www.deco.proteste.pt/20090326/calendario-dos-legumes-pdf-Attach_s560021.pdf