sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Aminoacidos de origem vegetal baixam a tensão arterial

Mais uma boa noticia para quem  opta por proteínas vegetais às de origem animal...



Vegetable Amino Acid Lowers Blood Pressure

Get plenty of it in your diet, researchers say

WEDNESDAY, July 8 (HealthDay News) -- Researchers say they have discovered that one of the most common amino acids in vegetable protein seems to lower blood pressure.
Analysis of data from an international diet study shows that a 4.72 percent higher intake of glutamic acid as a portion of total dietary protein correlates with a 1.5- to 3-point reduction in average systolic blood pressure (the higher of the two blood pressure readings, when the heart beats) and a 1- to 1.6-point lower diastolic pressure (the lower reading, when the heart rests between beats). The report appears online July 6 in advance of publication in an upcoming print issue of the journal Circulation.
The point difference might not sound like much, but high blood pressure is a leading risk factor for heart disease, stroke and other cardiovascular problems, and a reduction on that scale could cut stroke death rates by 6 percent and coronary heart disease deaths by 4 percent, said study author Dr. Jeremiah Stamler, professor emeritus of preventive medicine at the Feinberg School of Medicine at Northwestern University in Chicago.
However, the worry is that people could take the finding as a reason to pop glutamic acid pills rather than making vegetables a larger part of their diet, Stamler said.
"We make a clear statement that there are no data on supplements of glutamic acid to tell us anything one way or another about their value," Stamler said.
Protein, animal and vegetable, consists of chains of amino acids. Glutamic acid is the most common of those amino acids, accounting for 23 percent of vegetable protein and 18 percent of meat protein.
The relationship between higher glutamic acid intake and lower blood pressure seen in the study of 4,680 people in China, Japan, the United States and the United Kingdom was not unexpected, said Ian J. Brown, a research associate in epidemiology and public health at Imperial College London, and a member of the research team.
"It is compatible with earlier findings that a diet high in vegetable proteins, those found in beans, whole grains, rice, soy products and bread, is associated with lower blood pressure," Brown said.
"The fact that the most important amino acid in vegetable protein is related to blood pressure supports the inference that a diet high in vegetable protein and low in animal protein has favorable effects on blood pressure," Stamler added.
Similar but lesser effects on lowering blood pressure have been found for other amino acids more common in vegetable protein, such as proline, phenylalanine and serine, Brown said.
"The solution to improving blood pressure is not based around a single nutrient," he said. "We are looking at a whole series of dietary elements that act together. Combined, they have a large effect."
But diet is not the only factor to be considered in attacking high blood pressure, Stamler said.
"We must also consider obesity, high salt intake, high alcohol intake and high potassium intake, among other risk factors," he said.
Still, the study provides evidence why the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) diet, developed by the U.S. National Institutes of Health, reduces blood pressure, Stamler said. The DASH diet is rich in fruits, vegetables, whole grains, lean poultry, nuts and beans.
"It's just as mothers and grandmothers have been saying for years," Brown said. "Eat your vegetables, avoid fatty foods, avoid excess alcohol."
 
SOURCES: Jeremiah Stamler, M.D., professor emeritus, preventive medicine, Feinberg School of Medicine, Northwestern University, Chicago; Ian J. Brown, Ph.D., research associate, epidemiology and public health, Imperial College, London; July 6, 2009, Circulation online

terça-feira, 27 de outubro de 2009

VIII edição do Hospital da Bonecada

Começa este Sábado a VIII edição do Hospital da Bonecada.
Em tempos fiz parte da organização...ficaram as saudades!

Entretanto aconselho a todos (os pequenotes e pais!), uma vez que é uma forma divertida de conhecer várias profissões da área da saúde, perdendo assim o medo da bata branca e até dos materiais do dentista!

Estarão presentes futuros médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, educadores de infância, psicólogos, médicos dentistas e tudo decorado pelos alunos da Escola de Belas Artes!

Vale a pena!

Fica o endereço de blog com todas as informações necessárias!
http://hospitaldabonecada.blogspot.com/

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Breve nota sobre bebidas para desportistas

(Breve nota, porque será mesmo muito breve.)

As bebidas desportivas são formuladas para que o atleta tenha a melhor hidratação. Apresentam pois as proporções recomendadas de hidratos de carbono e electrólitos, trazendo os benefícios que a água (sozinha) não promove.

Basicamente existem três tipos diferentes deste tipo de bebidas:

Hipertónicas- Neste tipo de bebida os electrólitos estão mais concentrados do que no plasma sanguíneo. Trata-se de uma bebida pouco útil por ser mais difícil de assimilar pelo sistema digestivo. (Também consideradas bebidas energéticas).
Estas bebidas devem ser tomadas em conjunto com água para repor fluídos perdidos por via da transpiração, uma vez que a sua função não é prevenir a desidratação, ao contrário das bebidas isotónicas.
Este tipo de bebida só se aconselha quando de desenvolvem exercícios prolongados a baixas temperaturas, quando não se sua, mas se gasta hidratos de carbono. Não devem ser consumidas durante as provas e quando consumidas sempre até 30 min antes.



Hipotónicas - são bebidas que têm menos açúcar que o plasma sanguíneo ou seja maior concentração de água do que sais, dando origem a uma hidratação quase estantanea.
Neste caso os sais minerais estão em menor concentração e a bebida é de mais fácil ingestão ou assimilação, supondo suficiente reposição mineral quando as condições de sudação não são tão dramáticas. Nestas bebidas é valorizada a rehidratação e pouco valorizada a obtenção de energia.

Multi Hypotonic Drink 1000 ml (lojas de desporto ou suplementos alimentares)


Isotónicas- é uma bebida que tem a mesma taxa de açúcar que o plasma sanguíneo, o que entre outros efeitos, leva a uma rápida absorção do liquido - assim são as mais importantes no pós exercício! Encarregam-se de repor o líquido com as concentrações justas de minerais necessários e fornecem rapidamente glucose ao músculo. Incluem sais de sódio, potássio, magnésio, cálcio, fósforo ou cloro (todas ou algumas delas segundo a marca) que são perdidos pelo suor em conjunto com a água.
O seu uso justifica-se no caso da prática de exercício físico muito exigente, intenso e contínuo.Exemplos: Gatorade, Powerade, Isostar, Soccerade, Aquarius. Ou ainda o modelo caseiro...mas isso fica para depois.




Atenção!!!!: É necessário ter cuidado com ingestão de bebidas desportivas fora do período de exercício, pois como fonte de hidratos de carbono e, logo, energia, pode contribuir para um aporte energético aumentado que pode resultar num indesejável aumento de peso

Chá (infusão) de Gengibre e Limão ou YUZA-CHA

Todos os dias começo a manhã com um chá...desde há uns anos entre o chá verde e o chá preto nunca passava muito disto, pelas várias propriedades que estes dois tipos de chá possuem.

Nestas ultimas duas semanas resolvi mudar...encontrei no supermercado embalagens de infusão de gengibre e limão. Em plena época de mudança de estação e aproveitando as propriedades anti-virais tanto do limão como do gengibre achei que seria interessante experimentar.
Francamente, fiquei fã e vai começar a fazer parte dos meus conselhos!

Quantos aos benefícios deste chá...de forma resumida aqui ficam:
melhora a circulação sanguínea,
tem acção antiinflamatória,
antibiótica,
antioxidante,
estimulante
antidepressiva.

É ainda indicado também para tratar enjoos, enxaqueca, gripes, gastrite e úlceras.

Devido à sua acção termogénica ajuda a emagrecer.

No fundo falando bem e depressa faz bem à saúde e à beleza.


Eu, como já disse, uso os de supermercado..."Twinings Infusion Tea Bags Lemon and Ginger".

Mas existem uma série de receitas caseiras para quando se tem mais tempo pela manhã. Deixo aqui uma:
Ingredientes:
- 5 cm de raiz gengibre
- ½ litro de água

- ¼ de limão
- 1 canela em pau
(noz-moscada e 4 cravos da india - opcional)

Modo de preparação:
Esmague o gengibre com o limão, adicione num recipiente com a água e os todos os outros ingredientes. Ferva o chá por alguns minutos e estará pronto para consumo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Uma vez mais a importancia da água para uma alimentação saudavel

Uma vez mais, e reforçando a informação que já todos temos sobre a importância da água foi divulgado pela Reuters no passado dia 13 um estudo realizado por Ashima K. Kant, professor no Queens College of the City University of New York e puiblicado pelo American Journal of Clinical Nutrition.

No fundo reforça que quem consome mais água vai ingerir mais alimentos ricos em fibra e menos alimentos em açúcar...

Water drinkers may have better diets

NEW YORK (Reuters Health) - People who get much of their daily liquids from plain water rather than other beverages may have healthier diets overall, a study suggests.

Using data from a national health survey of more than 12,000 Americans, researchers found that people who drank more "plain water" tended to eat more fiber, less sugar and fewer calorie-dense foods.

The reverse was true of people who got much of their fluids from other beverages, according to a report of the study in the American Journal of Clinical Nutrition.

The findings do not prove that drinking water makes for healthier eaters, said lead researcher Dr. Ashima K. Kant, a professor at Queens College of the City University of New York.

But, she told Reuters Health, they do suggest a connection -- and a reason to encourage people to choose water over beverages.

The findings are based on 12,283 Americans age 20 and older who took part in a government health and nutrition survey between 1999 and 2006. On average, respondents got one-third of their daily fluids from water, 48 percent from other beverages and the rest from food.

In general, the more water people drank, the more fiber and the less sugar they consumed. They also had a lower intake of calorie-dense foods -- a general marker of a healthier diet. Calorie density refers to the amount of calories in a food in relation to its weight; fruits and vegetables, for instance, tend to have a low calorie density.

From a "purely physiological" standpoint, Kant noted, people can get their fluid needs from any source. Drinking plain water, therefore, is not necessary, but it may be preferable, she said.

As for how much water a person should drink, there is no straightforward answer -- despite the popular belief that people need 8 glasses of water per day.

As a general rule of thumb, Kant said, sedentary healthy adults can let their thirst be their guide on when to drink.

SOURCE: American Journal of Clinical Nutrition 2009.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Caldo para nos proteger das gripes de outono (que começa hoje, dizem...)


Dizem os jornais que hoje o Outono...e com isso a procura de receitas de para ajudar o nosso sistema imunitário a melhorar nossas defesas nos meses que se seguem...
Aqui fica a receita de um caldo excelente para esta altura do ano:

Ingredientes
- 1 dente de alho
- 1 cebola picada
- 2 col. (sopa) de azeite extra virgem
- 500 ml de água
- 4 col. (sopa) de quinoa
- 1 xíc. (chá) de cogumelos (Shiitake ou Shimeji)
- 4 col. (sopa) de miso
- ramos de alecrim e pimenta a gosto

Modo de Preparação
Numa panela, refogue o alho e a cebola no azeite. Adicione a água e a quinoa e deixe cozinhar até a quinoa amolecer. Acrescente os cogumelos, deixe cozinhar mais um pouquinho, desligue e só então acrescente o miso, a pimenta e o alecrim.


Variações: Acrescente legumes e folhas verdes escuras.

Obs.:
A Quinoa é um alimento de alto valor nutricional devido aos aminoácidos (AA) essenciais presentes. Os aminoácidos essenciais são aqueles (AA) que nosso corpo não produz e por isso temos que os ir buscar à alimentação. As principais fontes desses aminoácidos são alimentos de origem animal, daí que as proteínas animais sejam consideradas proteínas completas e de alto valor biológico. Ao optar por fontes proteicas de origem vegetal e de alto valor biológico como a quinoa, existe a vantagem de não aumentarmos a ingestão de gorduras saturadas e colesterol, presentes nas fontes animais e relacionadas ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Outra vantagem da quinoa é que ela é isenta de glúten, ou seja, é uma boa opção para darmos um descanso à farinha de trigo tão consumida.

Os Cogumelos também são fontes de aminoácidos essenciais. Os Cogumelos do tipo Shiitake e Shimeji, graças a uma substância chamada lentinan, fortalecem o Sistema Imitário na preveção do cancro, de gripes...

O Miso é um produto fermentado produzido a partir de uma mistura de soja, arroz e sal marinho. É também boa fonte de aminoácidos essenciais e um excelente desintoxicante dpara o nosso organismo, além de ajudar na reconstituição da flora intestinal.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dia Mundial da Alimentação

Celebra-se hoje, 16 de Outubro o dia Mundial da Alimentação. Todos os anos é debatido um tema.
Este anos a UE reafirma o seu empenhamento em melhorar o acesso aos alimentos a nível mundial. Com o compromisso que assumiu na reunião do G8 em Aquila de disponibilizar mais de 2 mil milhões de euros, além dos mil milhões de euros da Facilidade Alimentar, a UE é responsável pelo maior contributo para a segurança alimentar em todo o mundo.
«O Dia Mundial da Alimentação deve servir para recordar a cada um de nós que devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para impedir que mais de mil milhões pessoas passem fome. Para responder a este desafio, a Facilidade Alimentar da UE, actualmente com um orçamento de mil milhões de euros, está a obter resultados rápidos e concretos ao fornecer aos pequenos agricultores dos países em desenvolvimento as sementes e os fertilizantes necessários para dinamizar a sua produção de alimentos. «Iremos tirar partido da experiência que adquirimos no contexto da execução da Facilidade Alimentar para garantir que o novo compromisso que assumimos na cimeira do G8 em Aquila seja igualmente eficaz no combate à fome no mundo.», afirmou Karel de Gucht, Comissário Europeu responsável pelo Desenvolvimento e a Ajuda Humanitária.
No mundo, mais de mil milhões de pessoas, isto é, 15 % ou um sexto da humanidade, sofrem de subnutrição. Este valor tem vindo a aumentar na sequência das crises alimentar e financeira. A insegurança alimentar constitui, pois, uma ameaça real à realização de todos os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) de erradicação da pobreza extrema até 2015.
A UE colocou a segurança alimentar, a agricultura e o desenvolvimento rural no cerne da sua ajuda aos países em desenvolvimento, proporcionando uma assistência rápida e maciça para lutar contra o aumento da fome no mundo. O compromisso que assumiu este ano no âmbito da Iniciativa de Aquila sobre a segurança alimentar no mundo é disso um resultado concreto. A União Europeia contribuirá com 2,7 mil milhões de euros para esta iniciativa, o que a torna o principal doador de ajuda alimentar. Foram já distribuídos 85 % dos mil milhões de euros previstos a título da Facilidade Alimentar, o que revela que a UE continua profundamente empenhada em melhorar as condições de vida dos mais pobres em todo o mundo e que cumpre as suas promessas.
Desde o seu lançamento em Dezembro último, estima-se que mais de 33 milhões de pessoas tenham beneficiado da Facilidade Alimentar de mil milhões de euros no âmbito dos seus projectos iniciais, actualmente em curso – e os resultados começam a fazer-se sentir. No Zimbabué, por exemplo, foram distribuídas 26 000 toneladas de sementes e fertilizantes a 176 000 agricultores vulneráveis – o que representa entre 10 a 15 % dos agricultores comunais do país. Este esforço conjunto da UE e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tem capacidade para duplicar a produção alimentar tradicional.
No Bangladeche, um programa conjunto com o Programa Alimentar Mundial (PAM) proporcionou oportunidades de pesca a mais 43 000 pessoas e permitiu a 60 000 outras viver em zonas protegidas da intrusão marinha.
Face à crise provocada pelo aumento dos preços dos produtos alimentares nos países em desenvolvimento, a UE adoptou, em Dezembro de 2008, a Facilidade Alimentar com um orçamento de mil milhões de euros para responder de forma rápida às necessidades destes países.
O plano global para a execução da Facilidade Alimentar contém uma lista de 50 países que irão beneficiar ou beneficiam já de ajuda durante um período de três anos. Em Abril de 2009 já tinham sido distribuídos 707 milhões de euros. Num espírito de parceria e eficiência, a Comissão Europeia consolida e apoia o quadro de diálogo existente, os investimentos destinados a promover a produção de alimentos e as redes de segurança das organizações especializadas no domínio alimentar. Assim, é prestada assistência através de organizações internacionais, organizações regionais e governos nacionais, bem como no âmbito de um convite à apresentação de propostas no montante de 200 milhões de euros (previsto para finais de 2009) para actividades a realizar por intervenientes não-estatais, organismos dos Estados Membros a outros organismos de execução elegíveis.

fonte: agroportal

Dia Mundial da Alimentação



"Alcançar a segurança alimentar em época de crise" é tema do Dia Mundial da Alimentação 2009, comemorado a 16 de Outubro.







A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) comemora, todos os anos, no dia 16 de Outubro, o Dia Mundial da Alimentação. Em 2009, "Alcançar a segurança alimentar em época de crise" é o tema central das celebrações.

Cerca de 150 países comemoram esta data com várias actividades, incluindo seminários sobre o tema escolhido para 2009 e eventos culturais e desportivos para sensibilizar a população sobre a importância de erradicar a fome e angariar fundos para este fim.

A nível mundial existem muitos recursos naturais e alimentares, mas as deficiências na produção e a falta de tecnologias nos países menos desenvolvidos levaram milhões de pessoas a um estado de subnutrição ou expostas à insegurança alimentar, como também aos problemas causados principalmente pela falta de acesso a uma boa alimentação.

Este ano, a FAO estima que a fome atingirá um novo recorde histórico: 1,020 mil milhões de pessoas em todo o mundo, o que corresponde a uma em cada seis pessoas no planeta.

Objectivos do Dia Mundial da Alimentação:

  • Promover uma maior atenção à produção agrícola em todos os países e um maior esforço nacional, bilateral, multilateral e não governamental para este fim;
  • Estimular a cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento;
  • Promover a participação das populações rurais, especialmente das mulheres e dos grupos menos privilegiados, nas decisões e actividades que afectam as suas condições de vida;
  • Aumentar a consciência pública sobre a natureza do problema da fome no mundo;
  • Promover a transferência de tecnologias para os países em vias de desenvolvimento;
  • Fomentar ainda mais o sentido de solidariedade nacional e internacional na luta contra a fome, a desnutrição e a pobreza e destacar os êxitos em matéria de desenvolvimento alimentar e agrícola.

O dia 16 de Outubro foi a data escolhida pois foi neste dia que, em 1945, foi criada a FAO, uma organização cujo objectivo principal é elevar os níveis de nutrição e desenvolvimento rural. "


Fonte:Ministério da Saúde

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Mundo é o que você come


Aqui deixo mais uma ideia de livro saudável...Este através de uma alimentação livre de tóxicos e cheio de receitas apetitosas!

"Em O mundo é o que você come, Barbara Kingsolver prova uma velha máxima: você é o que você come.

Apesar do amor pela cidade onde vive (Tucson, Arizona), a família Kingsolver viaja para reencontrar suas raízes, numa fazenda na cidade de Appalachia. Lá, eles têm a chance de recriar uma relação mais profunda com seus alimentos, ao perceberem que a comida processada, produzida por meio de rios desviados e consumo de combustível, não é tão necessária.

Dessa maneira, passam um ano se alimentando com o que plantam e criam — espargos, galinhas, vegetais —, respeitando sempre a época do ano e o que ela pode oferecer. Diferente de todos os outros livros de memórias, O mundo é o que você come nos traz um tema urgente e universal, ao mesmo tempo em que nos dá uma lição de coragem e força de vontade.

O livro está há mais de um ano em todas as listas dos mais vendidos nos Estados Unidos."

domingo, 4 de outubro de 2009

Critica a nova bebida...

Não podia deixar de fazer uma critica a uma bebida muito vista hoje em dia nos nossos cafés, bares e restaurantes...

Sendo uma pareceria da Luso com a Delta, que poderia trazer à ribalta o famoso mazagran (do qual confesso sou altamente fã!).

No entanto a bebida que seria à "base de água mineral Luso e extracto de café Delta" ainda com aroma a limão e hotelã (realmente tem um ar delicioso) contém um pequeno senão...

Quando se olha com atenção para o rótulo e posteriormente para a sua composição nutricional temos uma surpresa... por cada 100 ml de bebida temos 25kcal (nesta quantidade de bebida temos 5,9 g de açucar!), o que numa garrafa de 33 cl..representa 75kcal...algo que parece já para o excessivo, principalmente porque nem o café nem a água contém açúcar na sua composição!

Aqui ficam as fotos:



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

“Why Exercise Won’t Make You Thin” - Uma resposta correcta!

Foi publicado no passado mês de Agosto um artigo na revista TIME, com o titulo “Why Exercise Won’t Make You Thin”, este foi divulgado em exclusivo em Portugal pela revista Visão no mês de Setembro...tendo até sido capa da revista!

No entanto o dito artigo recebeu várias criticas da comunidade cientifica internacional.

Aqui deixo a carta enviada pelo Prof. Pedro Teixeira ao director da Visão e que se encontra publicado no site da SPEO (http://www.speo-obesidade.pt/CDA/IMPnoticias.aspx?noticia=0).





Carta aberta ao Director da Revista VISÃO, em resposta ao artigo de capa da edição de 10 de Setembro, “Afinal, o Exercício Não Emagrece”.

Foi recentemente publicado na revista TIME um artigo versando o tema da utilidade e eficácia do exercício físico para a perda de peso. Presumivelmente devido ao risco de propagação nos leitores de ideias erradas acerca de um tema com implicações para a saúde da população norte-americana, o artigo suscitou reparos e reacções de reprovação por parte de sociedades científicas (por exemplo, o Colégio Americano de Medicina Desportiva) e de diversos cientistas (um exemplo em anexo). Foi por isso com algum desalento que vi a mesmo artigo reproduzido agora na vossa revista, e com destaque de capa. Tratando-se de um tema para o qual tantos procuram actualmente uma resposta eficaz e segura – a gestão saudável do seu peso – tomo a liberdade de salientar alguns aspectos do artigo em causa, na minha opinião menos bem esclarecidos.

1. Na capa é indicado que “afinal o exercício não emagrece”. Na realidade, o exercício físico, praticado isoladamente (sem alterações alimentares) não é especialmente eficaz no emagrecimento rápido. Por essa razão, não é actualmente recomendado, de forma isolada, para o tratamento da obesidade por nenhuma organização ou orientação oficial. Ou seja, o pressuposto “para perder peso, vá ao ginásio” que, como se diz no artigo “todos ouvimos há anos”, é desajustado. Infelizmente, é precisamente esse pressuposto que sustenta a surpresa ou novidade (“afinal...”) implícita no título de capa da VISÃO. É importante por isso salientar que as recomendações actuais para perder peso incluem simultaneamente um aumento progressivo da actividade física e alguma restrição alimentar (de preferência não muito rígida), porque esta é a combinação que reconhecidamente oferece melhores resultados, a curto e especialmente a longo prazo, um aspecto muito importante e descurado no artigo. Aliás, uma das inúmeras vantagens do exercício é precisamente ajudar a emagrecer (isto é, perder gordura) e não apenas perder peso, o que pode incluir substancial perda de massa muscular, algo comum em dietas mais agressivas.

2. Afirma-se no artigo que o exercício faz aumentar o apetite, o que seria outra razão para a sua ineficácia. Infelizmente, esta afirmação também não corresponde à verdade científica. Pelo contrário, os indicadores disponíveis na literatura sugerem que, para a maioria das pessoas, o exercício físico regular contribui para normalizar o apetite, não estando associado a um aumento substancial da fome e consequente sobre-ingestão de alimentos muito calóricos, como é sugerido no artigo. Por exemplo, um estudo recentemente concluído na Faculdade de Motricidade Humana (a aguardar publicação na revista Health Psychology) concluiu que no final de um programa de controlo do peso, uma maior prática de actividade física estava associada a um melhor controlo alimentar (e maior perda de peso). O facto de poder verificar-se, em algumas pessoas, uma ingestão superior ao normal após o exercício poderá estar mais relacionado com a ideia “porque fiz exercício, posso comer mais” e menos com mecanismos fisiológicos que o provoquem. Igualmente, não está demonstrado que o exercício leve a menor movimento físico nas restantes horas do dia. Desta forma, afirmar que “mecanismos compensatórios” do exercício são potentes e podem até causar aumento de peso (como se sugere na capa) é errado e induz uma ideia de inutilidade generalizada do exercício que não contribui para a adequada gestão do peso dos leitores. Se algum aumento de peso se verificar com o exercício físico, este será provavelmente causado pelo aumento relativo da massa muscular (um aspecto benéfico) e não pelo aumento da massa gorda corporal.

3. Para além dos problemas referidos quanto aos efeitos do exercício na regulação do apetite e do peso, o texto contraria também o conhecimento científico relativamente a aspectos de natureza psicológica e comportamental associados ao exercício físico. A prática de exercício físico é descrita na pág. 113 como uma actividade “obsessiva” e até “violenta”, que induz um grande desconforto físico (como num “animal de lavoura”) e mental, apenas exercida pelo sentimento de obrigação ou para possibilitar uma alimentação com menos restrições (p.ex., para comer “um bolinho”). Por um lado, esta descrição não corresponde à experiência de milhares de pessoas que mantém um estilo de vida fisicamente activo ao longo de muitos anos, retirando desta prática significado, prazer e sentimentos de competência e bem-estar, para além de inúmeros benefícios para a saúde. Como em qualquer actividade, o desconforto continuado leva tendencialmente ao seu abandono e o exercício não é excepção, tal como acontece aliás com uma dieta monótona e desinteressante. Por outro lado, os investigadores nas ciências do comportamento sabem que quando a motivação para o exercício é baseada sobretudo na obtenção de recompensas externas à própria sessão de exercício (tal como fazer exercício apenas para controlar o peso, ou para poder comer “um bolinho” após a sessão), a probabilidade da motivação se manter no tempo é mais reduzida. Assim, o exercício é muitas vezes menos eficaz do que se espera simplesmente porque nunca chega a ser integrado de forma consistente na rotina da pessoa – a sua prática é irregular ou esporádica e frequentemente descontinuada.

4. É também afirmado que “empurrar as pessoas para o exercício” poderá contribuir para o problema da obesidade, uma afirmação passível de ser compreendida pelo leitor comum como “o exercício contribui para a obesidade”. Isto é completamente contrário à evidência científica, que demonstra claramente que a falta da actividade física é um importante factor de risco para a obesidade. Inúmeros estudos com boas metodologias indicam que pessoas fisicamente activas são, em média, mais magras e apresentam menores taxas de obesidade que pessoas menos activas e mais sedentárias. É também bem aceite no meio científico que após a perda de peso (isto é, em pessoas que perderam peso e procuram mantê-lo reduzido), a prática regular de exercício físico tem um papel coadjuvante muito importante. Perder peso não é aliás o principal desafio no combate à obesidade. Muitas pessoas o conseguem, normalmente recorrendo a dietas agressivas, pouco saudáveis e de efeito limitado no tempo. Manter um peso saudável ao longo da vida é o verdadeiro desafio e, para esse, um nível de actividade física adequado é de extrema utilidade. Se a caminhar, a nadar, a andar de bicicleta, a jogar futebol, a fazer canoagem, a dançar, a andar de patins, ou no ginásio deve ficar ao gosto de cada um... Desde que seja regular e, se possível, com intensidade suficiente para aumentar a temperatura do corpo e fazer o coração bater um pouco mais depressa do que em repouso, todas são úteis.

5. Quanto a “empurrar as pessoas para o ginásio”, é realmente uma estratégia pouco recomendável para incentivar mais pessoas a alterarem o seu comportamento, se for esse o objectivo. Poucas pessoas gostam de serem “empurradas”, pressionadas ou controladas. O princípio do “músculo do auto-controlo” referido no texto, que se “cansa” e deixa por isso de ser eficaz (levando ao abandono), aplicar-se-á sobretudo a iniciativas contrárias à vontade própria de cada pessoa ou a actividades aborrecidas, desagradáveis, ou que causem sofrimento mas nas quais há que persistir. Infelizmente, existirão sempre algumas destas nas nossas vidas. Mas nenhum destes cenários deve ser associado à prática de exercício físico e desporto. Pelo contrário, a evidência científica também demonstra que as actividades em que nos envolvemos com entusiasmo e iniciativa própria, que aumentam a nossa sensação de competência e vitalidade, e que promovem a interacção social positiva tendem a manter-se no tempo indefinidamente. Pode dizer-se que “se regulam a si próprias”, sem grande esforço. A prática de actividade física e desportiva pode e deve ser mais isto e não deve envolver sofrimento inusitado, tédio excessivo, ou desgaste psicológico repetido.

Enquanto o exercício físico for encarado como uma tarefa desagradável (mas necessária), como tantas outras a que nos prestamos ou somos forçados a aceitar, vão continuar a existir relatos como os do autor deste artigo e muitas outras pessoas que se sentem pressionadas a ter de o fazer. Umas conseguirão persistir durante algum tempo até que outra actividade mais interessante ou com maior capacidade de pressão no dia-a-dia a substitua (e estas não faltam nos dias de hoje). Outras pessoas, talvez em número superior, não chegarão sequer a passar da intenção à prática e viverão provavelmente com algum sentimento de culpa por não estarem a fazer o que deviam. Em qualquer dos casos, o resultado será o mesmo. Perder-se-á, a longo prazo, a oportunidade de aproveitar uma actividade que, sendo barata e sem “efeitos secundários”, nos ajuda comprovadamente a sermos mais saudáveis e mais capazes fisicamente, a gostarmos mais do nosso corpo e a dele fazermos melhor uso e proveito (a qualquer peso), a dormirmos e racionarmos melhor, a sentirmos menos o efeito do stresse, a mantermos à distância muitas doenças graves (como a depressão, a diabetes e alguns cancros), potencialmente a vivermos de forma mais plena. E a divertirmo-nos mais também! Mas apenas se assim escolhermos de forma totalmente voluntária, sem pressões excessivas e bem informados. Até porque existem muitas outras actividades que valem a pena...

Cruz Quebrada, 17 de Setembro de 2009

Pedro Teixeira
Investigador e Professor de Nutrição, Obesidade e Exercício
Faculdade de Motricidade Humana – Universidade Técnica de Lisboa