segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Carne Vermelha...O que fazer?





Diariamente sou questionada sobre os efeitos da carne vermelha, quais as quantidades que se deve comer e se se deve comer.
No entanto continuamos a ver que a carne vermelha é a base da alimentação de muitas pessoas, assim, aqui deixo alguns pensamentos sobre o assunto...



Deixando de lado as preferências, a cultura, entre outras coisas, cada vez mais são referido  os malefícios do consumo excessivo de carnes vermelhas, tais como o aumento dos riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e como factor de risco para o cancro  do cólon e da mama. 
Por outro lado, sabemos que a carne é uma fonte rica em proteínas de elevado valor biológico, vitaminas e minerais essenciais para a saúde. 

As informações repercutem e entram em conflito com nossos valores, deixando dúvidas sobre o que fazer com relação a estes alimentos. 
Como já disse, uma das perguntas mais frequentes, diz respeito à quantidade recomendada de carne para obtermos todos os benefícios sem correr riscos, ou então sobre os alimentos que servem como substitutos às proteínas de origem animal.  

Segundo o Fundo Mundial para Pesquisas contra o Cancro a recomendação é que um indivíduo não coma mais do que 500 gramas de carne vermelha por semana para diminuir seus riscos de contrair cancro.
Mas chamo a atenção, apenas diminuímos o risco! 



Se pensarmos sob um outro aspecto, deparamo-nos com a constatação de que a criação mundial de rebanhos bovinos responde a 18% de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa. 

A Sociedade Europeia de Cardiologia anunciou que é possível trabalhar contra as mudanças climáticas e ainda se defender das doenças cardiovasculares e do cancro uma única acção: comendo menos carne vermelha. 

Ou seja, as doenças cardiovasculares e o cancro são duas das principais doenças que assolam a humanidade e que têm associação com os mesmos factores que influenciam as mudanças climáticas. 

Há outros exemplos, como a influenza e a salmonella, ligadas às zoonoses induzidas pelo crescente número de rebanhos animais.
A Organização Mundial da Saúde já está a adoptar e a disseminar políticas de saúde que  procuram explorar as inter-relações entre o aquecimento global e diversos tipos de  doenças.


Mas um órgão de peso como a Sociedade Europeia de Cardiologia  começa a defender esta prática. Segundo esta entidade, é difícil para os políticos fazer as alterações necessárias nos sectores de energia, transporte, agricultura, planeamento urbano e familiar se não contarem com o entendimento público nessas questões...o caminho é longo, mas as pesquisas estão aí, cabe a cada um de nós reflectir sobre o assunto, procurar orientação e constatação científica para tomar uma atitude.

Resumindo...quanto menos melhor e as proteínas, minerais e vitaminas, temos outras fontes bem mais saudáveis, para nós e para o planeta!



Sem comentários: