quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quando as Emoções são mais fortes que nós...

A grande maioria das pessoas tem uma enorme dificuldade em mudar o seu estilo de vida e começar a ter hábitos alimentares mais saudáveis. Muitas vezes é dai que aparece uma certa relutância em procurar pela primeira vez o nutricionista.

Quando passam a barreira de "não conseguir ir ao nutricionista", muitos mantêm, a resistência à mudança e a dificuldade em cumprir o plano alimentar prescrito, o que leva muitas pessoas a desistir dos seus objectivos de perda de peso, prejudicando seriamente a sua saúde...

Quando penso nas minhas consultas, vejo que o mesmo método de emagrecimento leva a resultados fantásticos em algumas pessoas e a uma ausência total de resultados noutras.

Já se questionou porque é que algumas pessoas conseguem perder peso com sucesso enquanto que outras passam a vida toda a tentar sem o conseguir?

A resposta poderá estar na "alimentação emocional".

Este conceito relaciona as nossas emoções com as nossas escolhas alimentares.Assim....
- ter menos apetite quando se está apaixonado;

- "devorar" alimentos hipercalóricos porque o dia correu mal;

- deixar totalmente de comer quando se está de luto...

Estas situações sempre existiram mas, hoje em dia, a tendência é "esconder" e "mascarar" as nossas emoções. Isso reflecte-se, por exemplo, no elevadíssimo consumo de antidepressivos - a maioria das pessoas prefere tomar medicação a fazer psicoterapia e lidar verdadeiramente com as suas emoções.

Sente uma necessidade enorme de comer doces? Nunca se sente verdadeiramente saciado, mesmo após uma refeição excessiva? Aquilo que sente não é fome nem apetite, é uma "fome emocional" que está frequentemente associada aos seguintes alimentos:

- gelados e queijo: necessidade de preenher um vazio;

- pão e açúcares: necessidade de conforto e tranquilidade;

- chocolate: falta de amor, sentimento de rejeição;

- alimentos salgados: raiva, stress e ansiedade.

Para ultrapassar estas situações, precisa de aprender a identificá-las, a perceber quais as situações que o levam a comer determinados alimentos. Depois, terá que aprender a canalizar as suas emoções para outras áreas que não a comida: exercício físico, psicoterapia, yoga, massagens de relaxamento...

3 comentários:

Nanda disse...

Inês,

Adorei.
E mesmo isso, nos somos os "comilões" emocionais! E estes mecanismos compensatórios podem funcionar nos dois sentidos. Consoante a pessoa a ansiedade pode transformar-se num devador de comida ou num "estragador" da mesma...

Quanto aos anti-depressivos são na minha opinião o reflexo do nosso tempo. Quando não ha tempo para nada tomar uma "pilula" que nos da a sensação de maior conforto e não nos obriga a nenhum esforço adicional parece perfeito. A verdade é que as emoções não devem ser mascaradas. È normal um filho sofrer quando perde os pais e não nada neste processo que seja "anormal" e que exija sequer psicoterapia (quanto mais antidepressivos) exige apenas que a pessoa viva o seu luto e sinta essa dor. Mascarar o sofrimento não é o caminho.

Borboleta Azul disse...

O seu post é tão verdadeiro, eu lembro-me de uma altura em que eu e uma amiga minha, íamos ao mcdonald quando o dia nos corria mal...

Mas por vezes não é fácil lidar com as situações e descarregamos na comida, para nos sentirmos melhores, pode ser momentâneo mas é o que fazemos... Pelo menos eu faço-o com doces e chocolate...

beijos

PAOLA VOGT disse...

Nossa bem penado, sempre que brigo com meu namorado tenho vontade de comer chocolate kkkk, é a pura verdade.Bom sobre o comentario do blog, eu sempre comi assim, nunca fui de comer muito, nãoe stou passando fome, apenas tirei doces , massas e refrigerantes, coisas que comia antes, e é claroe stou firma na academia.Todos os dias como danone com quinoa, antes comia com Fiber 1 da nestle , mas acabei enjoando, agora estou mudando sempre, mas vou comer com aveia e esperimentar..beijos obrigada pela dica