Saiu um artigo na passada sexta-feira no Jornal I que se intitulava "Novo comprimido dietético eficaz e inofensivo", artigo publicado originalmente pelo The New York Times.
O título era sem dúvida apelativo...pensei "foi "descoberta" uma vez mais a pílula mágica". Quem me conhece sabe que ponho muitas reticencias e duvidas a qualquer fármaco que prometa perdas rápidas de peso sem aquisição de novos hábitos e mudanças de vida, penso que para melhor! E mesmo contra a toma de medicamentos para suposto emagrecimento sem prescrição e supervisão médica, pode parecer radical, mas penso que há situações com as quais não se brinca, principalmente quando o excesso de peso se torna obesidade e ainda se faz acompanhar de outros factores de risco, problemas cardiovasculares, dislipidémias, diabetes, resistência à insulina e hipertensão arterial ou até mesmo síndrome metabólico. Todos eles por si só ou em conjunto bastante complexos, graves e com os quais muitas vezes se "brinca".
Mas voltando à leitura do dito artigo, algumas coisas ressaltaram à vista/leitura que não posso deixar de comentar...
Os comprimidos em questão estão a ser produzidos por três empresas californianas e aguardam o AIM, para serem lançados no mercado Americano no final do próximo ano, inicio de 2011.
Os ensaios clínicos dos três medicamentos demonstraram que os pacientes diminuíram entre 3 e 10% do seu peso ao fim de um ano - os 10% de perda de peso é o aconselhável sempre que se pretende perder peso de uma forma saudável e definitiva.
Achei bastante interessante estar presente no dito artigo foi a referência às pessoas que tomam medicamentos para emagrecer apenas por vaidade e que não são tidas em conta nos tratamentos para a diabetes e hipertensão...penso que merece uma reflexão!
Uns parágrafos abaixo está referida a falta de informação sobre o que acontecerá aos pacientes após o ano de toma, quanto tempo conseguiram manter o peso alcançado...
Vamos ver, no entanto eu continuo a reforçar a minha ideia de que o tratamento do excesso de peso e da obesidade não deverá ser feito à custa de um medicamento, mas sim até certo nível pela reeducação alimentar adaptada a cada um ou à população e pela realização de actividade física, adequada às possibilidades físicas de cada um...E acima de tudo a procura das pessoas indicadas para acompanhar e ajudar na perda de peso (saudável).
http://www.ionline.pt/conteudo/30539-novo-comprimido-dietetico-eficaz-e-inofensivo
e aqui o link para The New York Times
http://www.nytimes.com/2009/10/17/business/17obesity.html?_r=1&scp=1&sq=Arena%20Pharmaceuticals,%20Orexigen%20Therapeutics%20and%20Vivus&st=cse
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