domingo, 22 de março de 2009

Obesidade Infantil

Hoje num dos noticiários da tarde ouvi em forma de noticia o trabalho que coloco abaixo, não poderia deixar de partilhar, uma vez que se refere a algo que cada vez é mais importante na nossa sociedade e sobre a qual todos nós temos algo a fazer, para tentar mudar ou incentivar!


O número de consultas de obesidade pediátrica está a aumentar em Portugal. Mais de metade das crianças que aparecem nas consultas têm menos de dez anos.

O Hospital Amadora-Sintra, em colaboração com o agrupamento escolar da Amadora, realizou um estudo sobre a incidência da obesidade infantil que será amanhã apresentado no 26º Encontro Nacional de Clínica Geral, a decorrer no Tivoli Marina Vilamoura.

“Crianças com excesso de peso aparecem cada vez mais e com menos idade. A epidemia do século XXI alastra-se e, na verdade, é já a partir dos dois anos que os pais começam a levar os filhos à consulta. No entanto, a média de idade dos consultados nos serviços de pediatria ronda os nove anos”, refere Graciete Bragança, pediatra no Hospital Amadora-Sintra e responsável pelo estudo que analisa a obesidade infantil.

Dados que serão amanhã apresentados, indicam que 21 por cento das crianças avaliadas têm excesso de peso e 9,5 por cento são obesas. São os alunos do primeiro ciclo os que apresentam um maior índice de gordura corporal.
O estudo revela ainda que 49 por cento das crianças com excesso de peso ou obesas tem joelho valgo (uma deformidade ortopédica que se caracteriza pelos joelhos curvados para dentro); 25 por cento são insulino-resistentes e 18 por cento tem esteatose hepática (acumulação de gordura no fígado).

Denunciando o risco de persistência deste problema na idade adulta, o estudo comprova que em crianças na fase pré-escolar a incidência em idade mais avançada é de 26 a 41 por cento, sobe na idade escolar para uma prevalência de 42 a 63 por cento e na adolescência tem uma representação de 66 a 78 por cento.

Pais Desatentos

Manuela Ambrósio, médica de família no Centro de Saúde do Entroncamento, afirma que, “na sua maioria, os pais não estão atentos para o excesso de peso dos filhos. Em consultas de rotina, é o médico de família quem identifica a situação.

Em muitos casos, os pais menosprezam o problema e raramente respondem positivamente às recomendações feitas pelo seu médico”. “O excesso de peso representa uma menor qualidade de vida para a criança que se cansa com facilidade, tem dificuldade em mexer-se e apresenta uma baixa auto-estima. Sensibilizar os pais para a prevenção e acção, reforçando as complicações futuras deste problema, é essencial”, conclui a médica de família.
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